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Se você se dedica ao estudo do piano erudito, é muito importante conhecer os diferentes períodos da história da música ocidental, principalmente os períodos barroco, clássico e romântico. Afinal, o que realmente distingue o estudo de piano erudito ao de piano popular é o repertório que se toca.
++ Piano Erudito x Piano Popular – As principais diferenças
Ao estudar o repertório dos principais compositores da música erudita é essencial entender em qual contexto histórico e movimento artístico está inserido cada um deles. É a partir disto que o pianista consegue interpretar a obra, atentando-se às “regras” de cada estilo e respeitando as características de cada período.
Para ajudar os iniciantes no piano erudito, preparamos esse breve resumo dos 3 principais períodos da música erudita ocidental: os períodos barroco, clássico e o romântico. Confira!
O barroco, assim como os outros períodos que serão tratados neste texto, é um movimento artístico que aconteceu não apenas na música, mas em diversas áreas, como nas artes plásticas, arquitetura, literatura e etc.
Na música, o período barroco vai do começo do século XVII (surgimento da primeira ópera) até o ano de 1750, data da morte de J. S. Bach, o principal compositor do período.
Uma das principais características do período barroco é o uso do contraponto, ou seja, melodias simultâneas que se intercalam e sobrepõem em uma mesma música. Assim, ao tocar uma peça barroca no piano é muito importante se atentar ao número de vozes que existe na obra. Ainda mais interessante é se, além de conseguir distinguir as diferentes vozes, o pianista ainda consiga destacá-las em sua interpretação, de forma que os ouvintes também consigam identificá-las.
Outra questão importantíssima do período barroco que um pianista precisa se atentar é a articulação. Tenha em mente que o piano que conhecemos e tocamos hoje em dia só foi criado e consolidado no período romântico. No barroco, eram tocados principalmente o cravo e o órgão. Nestes instrumentos não há mecanismos de prolongamento do som das notas, como o pedal “sustain” do piano atual. Por isso, a duração das notas é mais curta, o que explica a grande presença de stacattos nas peças barrocas.
A ornamentação também é um ponto chave do período barroco. Os trinados, apojaturas, arpejos e mordentes são extremamente utilizados nestas obras. Na época, os intérpretes, inclusive, improvisavam estes ornamentos. Por isso, muitas vezes, a ornamentação não está indicada na partitura. Sinta-se a vontade para colocá-los onde achar que deve, afinal era assim que os músicos barrocos faziam.
++ Como fazer ornamentos no piano
Para ver esses conceitos na prática, confira o professor do Atelier de La Musique, Mauro Cannalonga, tocando a peça do período barroco “Prelúdio em Cm” de J. S. Bach.
O período clássico na música, que sucede o barroco, aconteceu entre a metade do século XVIII e o começo do século XIX. O classicismo tem como principal característica a claridade, simetria e equilíbrio de suas obras musicais.
No período clássico o contraponto cai em desuso e começa a se desenvolver um estilo musical que preza pela clareza e equilíbrio das ideias. São criadas melodias sintéticas, com começo, meio e fim, organizadas em uma estrutura padrão.
Nesse período passa a ser mais valorizada a dinâmica da música, ou seja, a alternância entre os fortes e fracos, a utilização do crescendo e do diminuendo.
No caso do piano, o toque no classicismo é mais brilhante e conciso. O uso de ornamentos é bem menor que no período barroco e não se pode improvisá-los, apenas tocá-los quando estão indicados na partitura.
Transição:
Vale mencionar dois compositores extremamente importantes que compuseram peças no período clássico, porém fizeram a transição para o próximo período, o romântico. São eles: Franz Schubert e Ludwig Van Beethoven.
Para entender melhor o período clássico no piano, confira essa performance do pianista Frederich Gulda, considerado um dos melhores intérpretes de Mozart, tocando a “Sonata No. 13 em Si # Maior”.
Logo após o classicismo, surge o período romântico, que perdurou durante todo o século XIX. A transição entre um período e outro é marcada pela estréia da Sinfonia n.3 (Eroica) de Beethoven, em 1804.
++ Pedais no piano: quais são e como utilizá-los
Enquanto no período clássico a principal preocupação era com a clareza das ideias e equilíbrio, no período romântico passa a ser com a expressão dos sentimentos do artista. A questão principal não era mais a forma da música, e sim o que estava além da partitura: o afeto, a emoção.
Assim, as formas musicais se estenderam, as músicas ficaram mais longas e exploraram ao máximo o instrumento, tanto em expressão quanto em dinâmica.
O uso do pedal ficou muito mais evidente, pois como falamos no começo do texto, o piano como conhecemos hoje em dia, só se consolidou no período romântico. Por isso, as peças deste período exploram muito melhor as possibilidades sonoras do instrumento.
Confira a interpretação de uma peça de Franz Liszt que representa muito bem o período romântico “Liebstraum No. 3”, com a professora do Atelier de La Musique, Daniella Lucatelle ao piano.
Pianista, esperamos que tenha gostado e aprendido bastante sobre as principais diferenças dos períodos barroco, clássico e romântico no piano. Para saber ainda mais, confira esse vídeo que o professor Mauro Canallonga, gravou para vocês:
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