[vc_row][vc_column][vc_column_text]Coordenada pelo bandolinista Fábio Peron, a oficina tem por objetivo apresentar a linguagem do choro e suas diversas características no plano melódico, harmônico e rítmico, assim como a distribuição das funções entre os vários instrumentos componentes.
Este curso é baseado na cronologia da evolução do choro e trabalha objetivamente as nuances e características de cada época. Desta forma, é abordado o repertório tradicional do choro em suas diversas vertentes estilísticas, assim como os principais compositores de sua história.
A dinâmica de grupo é efetuada através da roda de choro tradicional, onde cada participante interage de acordo com suas possibilidades técnicas e conhecimento musical; sendo, desta forma, definidas as funções e participações de cada integrante. Para tanto, a oficina de choro é dividida em três módulos de níveis distintos, com duração de 15 aulas cada.
1 – Iniciação ao Choro: neste módulo, o programa a ser seguido é composto por peças tradicionais do estilo que tiveram relevância histórica e têm grande apelo junto aos mais variados tipos de músicos e instrumentistas, tais como: Doce de Coco (Jacob do Bandolim), Lamento (Pixinguinha), Pedacinhos do Céu (Waldir Azevedo), Odeon (Ernesto Nazareth), entre outras.
Desta forma, pretende-se desenvolver os principais fundamentos que caracterizam e diferenciam a execução do repertório do choro de outros estilos similares que os participantes já possam tocar. O enfoque principal deste módulo é a iniciação ao choro através das funções de cada instrumento no grupo e sua forma peculiar de execução, seja no aspecto rítmico, melódico ou harmônico.
Conteúdo
- Estruturas formais mais usuais (Rondó AABBACCA e AABBA) e suas configurações harmônicas e modulações;
- Ritmos básicos do choro primordial: conduções rítmicas (“levadas”) dos instrumentos de base, principais convenções e variações;
- Linhas de baixo e condução através das inversões de acordes;
- Expressões e interpretações da linha melódica, ornamentação característica e adequação das formas de escrita tradicionais ao “suingue” do estilo: antecipações, flutuações na pulsação e outros elementos de expressão (mordentes, glissandos, apojaturas);
- Implicações e adequações das técnicas de execução em cada instrumento para o preparo da prática do repertório do choro.
2 – A Prática do Choro: neste módulo, o programa a ser seguido é baseado na consolidação e domínio dos elementos aplicados na execução do estilo do choro. O enfoque principal desse módulo é aprimorar a execução dos instrumentistas no aspecto técnico e interpretativo, através da prática de repertório específico que evidência as nuances de cada estilo ou ritmo na forma como ocorreram na sua cronologia e evolução.
Conteúdo
- Outros gêneros do choro tradicional e suas respectivas levadas rítmicas: choro-polca, polca, maxixe, valsa, schottish, samba-choro;
- Outras configurações harmônicas e ampliação da variedade de acordes e conduções;
- Desenvolvimento da linha de baixo de forma contrapontística (padrões e clichês característicos);
- Expressões e articulações da linha melódica, cromatismos e inserção de modos melódicos e escalas alternativas;
- Iniciação à prática da improvisação.
3 – O Domínio da Linguagem do Choro: neste módulo o programa a ser seguido é baseado na lapidação técnica e estilística do choro, onde se abre espaço para improvisação e para novos caminhos harmônicos, rítmicos e melódicos. O objetivo desse módulo é, a partir dos conhecimentos obtidos nos outros módulos, aprimorar ao máximo todos os quesitos da linguagem, assim como a desenvoltura de cada instrumentista dentro do choro em suas muitas vertentes.
Conteúdo
- Outros ritmos agregados usualmente ao repertório do choro: frevo, baião, xote e samba em diversas variantes; miscigenação das levadas e convenções rítmicas tradicionais e modernas;
- Dilatação da estrutura e material harmônico e as influências dos estilos contemporâneos;
- A variedade de modos e escalas alteradas na produção dos autores tradicionais e contemporâneos;
- Formas alternativas de fluência na linguagem da improvisação dos instrumentos harmônicos e melódicos; padrões melódicos e cadências harmônicas substitutivas, acordes e modos alterados.
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